terça-feira, 26 de abril de 2011

Bike Trip Argentina

Neste feriado de Páscoa, estive em Capanema-PR Sudoeste do estado a 615 km de Curitiba na fronteira com a Argentina e o Parque Nacional do Iguaçu (Cataratas do Iguaçu), a natureza por lá é gritante, a terra é vermelha e bastante fértil, resultado de milhões de anos de decomposição de rochas basálticas originadas do maior derramamento vulcânico que o planeta já teve, causado pela separação do antigo super-continente Gondwana nos atuais continentes América do Sul e África.

 


A ponte Internacional fica a 20 km do centro da pequena cidade de Capanema, a princípio eu iria sozinho, mas ao saber da aventura, Figa, "Parceiro de outras aventuras" resolveu topar o desafio, mesmo sem estar pedalando frequentemente como estou...Meu irmão "Seco" nos levou até a fronteira para a partida, tiramos o "permisso" com os "hermanos", algumas fotos para documentar, calibragem dos pneus e iniciamos a pedalada, 15 km até o Distrito de Andresito, província de Misiones, ao Nordeste da Argentina.



Ao entrar no território argentino, já percebemos a diferença na paisagem, no Brasil, na região de que saímos, prevalecem as lavouras e criações de gado, já na Argentina, a mata é mais fechada e  encontramos apenas algumas plantações de erva-mate, descobrimos mais tarde que naquela região existem 9 parques entre, Nacionais, Estaduais e Municipais, o que demonstra uma grande preocupação dos argentinos com a preservação da floresta, ponto para eles...







Ao chegarmos na cidade, poucas coisas nos chamaram a atenção, além do fato que o comércio fecha para o almoço e abre as portas apenas após às 16h, paramos para descançar e lanchar em um posto de combustível, um gatorade e unas galetitas de cereal foi o suficiente para abastecermos nosso tanque, continuamos então o nosso pedal e nos deparamos com uma placa um tanto quanto curiosa solicitando atenção para " El lomo de Burro", que a 50 metros a frente descobrimos se tratar da nossa lombada brasileira rsrs (Valeu as risadas).





Continuamos o tour pela cidade, onde encontramos muitas "iglesias" e uma escola muito bonita, além disso o correio argentino a prefeitura e a pracinha... Como não tinha mais nada na cidade, resolvemos então voltar por um caminho diferente para ter um pouco mais de emoção, pegamos então uma estrada de terra que ainda estava úmida devido as chuvas do dia anterior, agora sim as mountain-bikes trabalharam seus sistemas de amortecimento e o tênis Snake 3X apresentou ótima performance, passamos por algumas paisagens "mui lindas" e registramos com fotos.


Com a alma lavada, ou melhor "embarrada" rs pedalamos até encontrar novamente o asfalto para concluir a aventura, foram mais 18 km até a ponte internacional e 20 até Capanema, cruzamos com paisagens que não havíamos percebido na ida e fizemos novas fotos, captando o Parque Nacional do Iguaçu e outras imagens da natureza, voltamos conversando sobre a possibilidade de uma nova trip indo até Foz do Iguaçu pelo meio dos parques argentinos em um percurso de cerca de 130 km, até lá precisamos literalmente pedalar !!!  

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sábado, 16 de abril de 2011

Um homem precisa viajar !

" Um Homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para valorizar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece, para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir e ver."

Amyr Klink



Ninguém melhor que Amyr Klink para falar sobre o impacto que as viagens causam na vida de qualquer pessoa, para quem não conhece, ele ficou conhecido pelas suas expedições marítimas, que empreende geralmente de forma solítária. O primeiro feito a ser amplamente divulgado, ocorreu entre 10 de Junho a 19 de Setembro de 1984, quando realizou a travessia solitária num barco a remo do Oceano Atlântico. Foi um percurso de 7 mil quilômetros entre Luderitz na Namíbia (África) e Salvador na Bahia.

Em dezembro de 1989 viajou rumo a Antártica, em um veleiro especialmente construído para a Expedição, o Paratii. Permaneceu sozinho por um ano na região, sendo que por 7 meses seu barco ficou preso na região da Baía de Dorian. Da Antártica rumou em direção ao Polo Norte e retornou ao ponto de partida, a cidade de Paraty no Rio de Janeiro em Outubro de 1991.

A partir daí, passou a planejar uma viagem de circunavegação da Terra.

Mora em Paraty (RJ) onde mantém uma escola de navegação para crianças carentes, além de escrever livros, faz palestras sobre planejamento e empreendedorismo no ambiente empresarial. É formado em economia pela USP e pós graduado em Administração de Empresas na Universidade Mackenzie, atualmente é Presidente da Amyr Klink Planejamento e Pesquisa Ltda. e da Amyr Klink Projetos Especiais Ltda. É sócio fundador do Museu Nacional do Mar localizado em São Francisco do Sul (SC)
e da Revista Horizonte Geográfico.